Novo livro da Pini detalha requisitos para a elaboração de laudos técnicos de reforma

Novo livro da Pini detalha requisitos para a elaboração de laudos técnicos de reforma

Considerando a NBR 16.280, que trata dos projetos de reformas em edificações, guia reúne orientações para a redução de riscos em todas as etapas das obras



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A Editora Pini acaba de lançar o livro Laudo de Reforma - A NBR 16.280 na prática, que reúne os principais conceitos para a elaboração de laudos técnicos de reforma para unidades em condomínio, considerando os requisitos estabelecidos pela normativa brasileira. Voltado para profissionais, síndicos e moradores, o guia foi escrito pelos engenheiros Roger Teixeira e Juliane da Costa Santos.
Com ênfase na fundamentação e apresentação de laudos técnicos, a publicação de 99 páginas apresenta requisitos gerais e específicos para a elaboração assertiva de documentos de forma que sejam reduzidos os riscos inerentes às obras.
O livro apresenta tabelas referenciais e ilustrações para exemplificar as questões relativas aos planos de reforma e aos riscos comuns a todas as etapas dos projetos.
Leia entrevista com os autores da publicação:
O que a NBR 16.280 trouxe de novo para o setor?
A NBR 16.280 criou parâmetros e procedimentos técnicos com o objetivo de reduzir riscos existentes em qualquer obra. Os grandes acidentes decorrentes de reformas desastrosas chamaram a atenção da grande mídia e foram importantes para que a norma fosse elaborada. Além destas, devemos lembrar da grande parcela de transtornos menores, como infiltrações ou fissuras em apartamentos vizinhos, os quais não deixam de causar aborrecimentos na vida em condomínio e muitos acabam em embates judiciais.
Pela legislação pouco mudou, pois condomínio e síndico deveriam ser avisados sobre as reformas muito antes da norma. O que ocorria até a publicação desta é que os responsáveis pelos condomínios careciam de respaldo técnico para o controle das obras em andamento no prédio e o impedimento da entrada de operários e materiais sem a apresentação prévia e clara do escopo da reforma. Apesar de o morador ser dono de sua unidade, ele deve entender que sua unidade pertence a uma habitação coletiva.
Ao exigir que toda reforma tenha um plano de execução prévio e que seja analisado por profissional habilitado, evita-se que erros simples ocorram, acidentes aconteçam, além de ser uma excelente ferramenta para o planejamento da obra, inclusive orçamentário.
Qual o primeiro passo deve ser tomado diante da necessidade de executar uma reforma em um edifício?
O primeiro passo é consultar um engenheiro ou arquiteto para que ele avalie se a reforma pretendida é possível de ser executada naquele apartamento ou sala comercial. Nem toda obra é possível de executar da forma como imagina inicialmente o contratante e tanto morador quanto profissional devem estar cientes e não se aventurarem em realizar intervenções que possam prejudicar as condições dos sistemas do prédio ou que tenham resultados duvidosos ou imprevisíveis. É preciso compreender o edifício como uma habitação coletiva e um conjunto de sistemas.
Apesar de alguns proprietários se empolgarem com a reforma de sua unidade, suas intervenções poderão eventualmente trazer prejuízos a si e aos vizinhos. Quando afetar a si mesmo, ele deverá ser informado pelo profissional e poderá arcar com este ônus, como por exemplo, a perda da garantia de alguma instalação nos apartamentos mais novos.
Quais os principais erros encontrados em laudos de reforma em edificações?
O principal erro é justamente a falta do Laudo. Muitos condomínios vêm exigindo apenas que um engenheiro ou arquiteto "assine" a responsabilidade pela obra. Assinatura não garante que a obra não afetará o edifício ou os demais moradores, além de que sabemos muito bem que ainda existem muitos profissionais "calígrafos" que sequer conhecem a localização do imóvel que assumiram responsabilidade. Trata-se de um risco que deve ser eliminado, sendo o Laudo prévio, explicativo e claro, uma ferramenta para garantir o entendimento da reforma pelo condomínio que poderá inclusive fiscalizar eventuais fugas do escopo inicial.
Devemos lembrar também que muitos moradores supõem que sua reforma não causará qualquer dano ao edifício ou vizinhos, problema ainda comum, pois é sabido que muitos se consideram bons entendedores de obra. A engenharia não é apenas derrubar ou construir paredes, mas compreender o funcionamento sistêmico do edifício. Para isto é imprescindível a avaliação de um profissional com conhecimento técnico.
Não só falando da reforma, mas qual a importância da inspeção técnica periódica em edificações para evitar acidentes?
A inspeção predial vem se tornando uma ótima ferramenta para o apontamento de falhas de manutenção ou anomalias na edificação, muitas destas oriundas inclusive de vícios construtivos antigos. A não correção dos problemas, tão comuns nos prédios mais velhos, mas nem por isto limitados a eles, acarretam em riscos evolutivos que podem ser sanados ou reparados em momento já oportuno e com custos menores.
A inspeção periódica por um perito imparcial e que não seja o próprio executor da manutenção (certamente interessado em fechar um grande contrato) evita reparos desnecessários ou manutenção de itens que não são os mais urgentes ou que, muitas vezes, sequer seriam considerados "problemas" propriamente.
Colocar todas as falhas e anomalias em um Ranking de gravidade, urgência e tendência de evolução fornece informações importantes para que o síndico, na maioria das vezes leigo do assunto, possa iniciar a manutenção e destinar recursos aos itens mais importantes e urgentes.
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FONTE:http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/obras/novo-livro-da-pini-detalhaa-requisitos-para-a-elaboracao-de-339115-1.aspx

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